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Confusão foi registrada na primeira sessão da CCJ no ano. (Foto: Reprodução)

CURITIBA – Após troca de ofensas na primeira sessão ordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado Renato Freitas (PT) empurrou um assessor da Assembleia e do deputado Marcio Pacheco (PP), nesta segunda-feira (24).

Em nota, Freitas disse que foi ironizado pelo servidor durante discurso na CCJ e posteriormente o homem teria ido para cima dele nos corredores da Alep.

“Ao fim da reunião, no lado de fora da sala de reuniões da CCJ, o assessor Kenny (Brayan) continuou a provocação contra o deputado enquanto era também acolhido e cumprimentado pelos outros deputados e seus assessores, situação que o encorajou a se aproximar do deputado Renato Freitas, que reagiu o empurrando”, diz a nota.

Mas em entrevista a repórter Bárbara Hammes da RICtv, Pacheco disse que o comportamento de Freitas foi inaceitável.

“A Casa já sabe o que aconteceu e com certeza tem condições de avaliar o tamanho do desrespeito que aconteceu. Aquilo ali não é atitude de um deputado estadual. Todos os deputados e assessores tem que ser respeitados. Nenhum deputado tem direito a agredir quem quer seja, lacrar, fazer corte para as redes sociais, o que por sinal, esse deputado faz muito. A CCJ não pode parar por conta da atitude desse parlamentar”, disse.

A ação do assessor em ironizar a fala do deputado durante a sessão da CCJ teria sido o estopim para a troca de ofensas entre Freitas, Pacheco e o presidente da Comissão, Ademar Traiano (PSDB).

Pacheco: “Ele é da minha assessoria. O senhor não manda aqui na CCJ”. 

Freitas: “Tanto faz, para mim não me importa. Eu te desrespeito?” 

Pacheco: “Ninguém te desrespeitou, deputado. O senhor é um homem público e precisa suportar que as pessoas se manifestem. Ou o senhor não consegue aceitar que se manifestem ao contrário da sua excelência?”. 

Freitas: “Se ficar um palhaço ao seu lado fazendo mímica eu vou me importar. Olhe para trás, o senhor é cego”. 

Pacheco: “Ele é da minha assessoria e vai permanecer aqui. O senhor que faça a leitura do seu documento. Você não manda aqui”. 

Freitas: “Eu faço o que eu quiser. Quem é você, coronelzinho de meia pataca”. 

Traiano: “Eu exijo respeito de sua excelência. Aqui não tem coronelismo, mas sim um deputado”. 

Freitas: “Então exija respeito dele e daquele rapaz. Não tenho medo do senhor que é corrupto. O senhor é corrupto e não tem nem moral para falar”. 

Após a sessão da CCJ, uma mulher na Alep chamou o assessor Kenny Brayan de “macaco”. O deputado Tito Barichello (União), que é delegado licenciado da Polícia Civil do Paraná (PCPR), deu voz de prisão à suspeita e todos foram prestar depoimento em uma delegacia de Curitiba.

Confira abaixo as notas de posicionamento dos envolvidos
Alep
A Assembleia Legislativa do Paraná informa que durante a realização da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no início da tarde desta segunda-feira (24), o Gabinete Militar da Casa foi acionado sobre uma situação na qual um homem alegou ter sofrido injúria racial por parte de uma mulher.

Para evitar transtornos com público presente no Auditório Legislativa, onde ocorria o encontro, os integrantes do Gabinete Militar da Assembleia aguardavam o fim da reunião para dar encaminhamento à situação. Ocorre que, ao final da sessão, o deputado estadual Tito Barichello (União) deu voz de prisão à pessoa acusada de proferir a ofensa.

Com isso, Gabinete Militar Casa esclarece que somente fez o encaminhamento dos envolvidos à autoridade policial.

Quanto à discussão entre deputados durante a sessão da CCJ, se algum parlamentar entender que as manifestações ultrapassaram o limite do decoro parlamentar, tem a possibilidade de entrar com uma representação junto ao Conselho de Ética.

A Assembleia reafirma seu compromisso com a liberdade de expressão e o amplo debate de ideais e reforça que conta com mecanismos regimentais para coibir excessos e responsabilizar eventuais quebras de decoro.

Renato Freitas

Nesta segunda-feira (24), durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Renato Freitas fez uso da palavra para registrar seu voto contrário ao projeto de lei do Poder Executivo que cria novos cargos de oficiais na Polícia Militar. Enquanto fundamentava seu voto, alguns dos deputados desferiram ataques pessoais contra o deputado Renato, que foram desde o questionamento da capacidade técnica do deputado até sugestões de que o parlamentar, ao propor um debate mais profundo sobre o projeto, estaria tentando atrasar os trabalhos da CCJ.

Diante da pressão dos demais deputados para acelerar a votação do projeto enviado pelo governador Ratinho Jr., o deputado se pronunciou se recusando a analisar as matérias com pressa e reforçou que o maior interessado nas leis que saem da Casa Legislativa é o povo.

Além da interrupção dos outros parlamentares, a exposição do deputado Renato Freitas foi interrompida também por um assessor do deputado Márcio Pacheco, chamado Kenny Brayan, que, em postura de deboche, começou a gesticular e dar risada na tentativa de ridicularizar as críticas do deputado. Um comportamento inadmissível para um assessor da Casa Legislativa que, independente de posição ideológica, tem o dever de respeitar sem distinção todos os parlamentares democraticamente eleitos pelo voto do povo.

Na ocasião, o deputado Renato questionou a postura do assessor, exigiu respeito e declarou: “Se você começar a dar gargalhadas e interferir na minha atuação parlamentar, eu vou pedir pra você ser retirado”. Neste momento, o deputado Márcio Pacheco defendeu a postura inaceitável do seu assessor e afirmou, inflamado, que o deputado Renato não manda na CCJ, sendo conivente com o desrespeito do qual o deputado estava sendo vítima. O deputado declaradamente corrupto Ademar Traiano, que apesar dos seus crimes assumiu a presidência da Comissão de Justiça, repreendeu o deputado Renato Freitas, ignorando, por afinidade ideológica, o desrespeito do assessor e do deputado Márcio Pacheco.

Ao fim da reunião, no lado de fora da sala de reuniões da CCJ, o assessor Kenny continuou a provocação contra o deputado enquanto era também acolhido e cumprimentado pelos outros deputados e seus assessores, situação que o encorajou a se aproximar do deputado Renato Freitas, que reagiu o empurrando.

Diante dos fatos, é notável que o deputado Renato Freitas é frequentemente perseguido por seus posicionamentos comprometidos com o povo do Paraná e sem rabo preso com o Governo do Estado. Por isso, é alvo de provocações e interrupções durante sua atuação parlamentar. Reiteramos que a postura do assessor, que desrespeitou o deputado no exercício de sua função, é inaceitável e não deve ser encorajada por nenhum parlamentar.

Márcio Pacheco (em entrevista à RICtv)

Aconteceu uma atitude desrespeitosa, como nunca se viu antes na CCJ, em um debate natural, o deputado Renato Freitas extrapolou o tempo e ele não concordou e queria continuar desrespeitando o tempo regimental e, não se contentando com isso, começou a agredir, usando termos como palhaço, idiota, um servidor que há 17 anos presta serviços para a Casa. Uma pessoa de uma atitude inatacável, com relacionamento excelente com outros servidores e deputados. Esse assessor tem nos auxiliado na assessoria dos trabalhos legislativos. E não bastassem as agressões públicas e verbais que foram feitas, depois saiu, continuou agredindo, deu um empurrão muito forte nesse assessor. Nesse momento estão sendo feitas as diligências na delegacia para que possa ser tomada as providências. Uma atitude totalmente repudiável e reprovável do deputado Renato Freitas

A Casa já sabe o que aconteceu e com certeza tem condições de avaliar o tamanho do desrespeito que aconteceu. Aquilo ali não é atitude de um deputado estadual. Todos os deputados e assessores tem que ser respeitados. Nenhum deputado tem direito a agredir quem quer seja, lacrar, fazer corte para as redes sociais, o que por sinal, esse deputado faz muito. A CCJ não pode parar por conta da atitude desse parlamentar.

Eu penso que tem que ir (ao Comitê de Ética). É um desrespeito absoluto à Casa, ao parlamento, aos deputados e aos servidores. Penso que a Casa deve adotar os procedimentos necessários

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