Leandra Ferreira de Souza, acusada pelo sequestro da criança Eloah Pietra, voltou a ser presa nesta quarta-feira (4), em Curitiba. Desta vez, ela é suspeita de furto em um estabelecimento comercial localizado na região central da capital paranaense.
De acordo com informações contidas em boletim de ocorrência ao qual o repórter Cristiano, Vaz, da Banda B, teve acesso, a mulher teria sido flagrada tentando sair de uma loja levando um cachecol sem efetuar o pagamento. A própria Leandra teria admitido o ato no momento da abordagem policial.
O gerente do local confirmou à equipe da Polícia Militar que a suspeita foi vista retirando o item e tentando sair do comércio sem pagar.
Em declaração concedidaà Banda B, a tenente Fameli afirmou que a equipe policial foi surpreendida ao descobrir a identidade da mulher detida.
“Quando a mulher foi trazida à Central de Flagrantes, a equipe notou que se tratava da mesma. Ela não justificou o motivo da conduta dela, mas é uma pessoa que possui uma ficha criminal. O processo dela ainda está tramitando no Judiciário, então foi uma surpresa prendê-la novamente”, disse a policial.
Após a abordagem, Leandra foi conduzida à Central de Flagrantes de Curitiba, onde foram realizados os procedimentos legais previstos.
Relembre o caso Eloah Pietra
No dia 23 de janeiro, Leandra se passou por agente de saúde e afirmou à mãe da criança que havia recebido uma denúncia contra ela. A ré alegou que precisava levar as duas para a realização de exames. Em seguida, ofereceu um líquido para a mãe beber e pediu que ambas entrassem no carro. Quando a mãe desceu para ajustar a cadeirinha, Leandra acelerou o veículo e fugiu com a bebê.
Eloah foi resgatada no dia seguinte na casa de Leandra, em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. A criança teve o cabelo cortado, pintado e alisado. A acusada foi presa em flagrante. O reencontro da bebê com a família ocorreu na delegacia do Grupo Tigre, em Curitiba.
Em depoimento, Leandra afirmou que queria uma criança para criar como filha e que estava em tratamento psicológico. A mulher apresentou uma carta falsa à polícia, indicando que a mãe teria entregue a bebê espontaneamente por não ter condições de criá-la. Um laudo da polícia científica do Paraná concluiu que o bilhete não foi escrito pelos pais.
Mãe de Eloah afirma medo
A rotina da família de Eloah mudou. A mãe, Erica Alves dos Santos, relatou que tem medo de sair com a criança.
“Eu nem saio muito com ela, deixo ela mais com minha mãe ou minha irmã, mas evito sair. Às vezes eu vou lá na escola, vou buscar minha outra filha e os carros às vezes ficam seguindo, ou é impressão minha, mas parece que estão tudo seguindo eu. Eu vou rapidinho e já volto, não saio tanto”, disse a mãe em entrevista à RICtv.
MP solicitou que a ré use tornozeleira eletrônica
No dia 25 de abril deste ano, o Ministério Público do Paraná (MPPR) pediu que a ré seja monitorada por tornozeleira eletrônica. As solicitações ocorreram enquanto o Caso Eloah estava sendo julgado.
Segundo informações apuradas pelo repórter William Bittar, da RICtv, Leandra foi ouvida em 24 de abril por videoconferência e pediu perdão aos familiares de Eloah. Além disso, a mulher afirmou que fez tudo com o consentimento da mãe da bebê.
