O empresário, preso por racismo e por xingar dois frentistas em um posto de combustíveis de Curitiba, foi condenado à prisão em regime fechado e a pagar multa de R$ 20 mil por danos morais. O caso aconteceu em outubro de 2023, no bairro Boqueirão, na capital paranaense.
Conforme o advogado Igor Ogar, que representa as vítimas, o empresário foi condenado a cinco anos de prisão em cada caso. Além disso, terá de pagar a indenização às duas vítimas.“As vítimas têm agora um senso de justiça, pois estavam desamparadas até então e não acreditavam em uma punição que trouxesse efeitos de condenação e até cumprimento de regime fechado. Os dois estão satisfeitos e aguardam os desdobramentos. Esse homem dizia ser rico e empresário e até agora não pagou as indenizações devidas”, disse Ogar.
Relembre o caso de racismo contra frentistaO caso aconteceu na madrugada do dia 13 de outubro de 2023, quando um empresário aparece em um vídeo xingando um frentista de um posto de gasolina, no Boqueirão, em Curitiba. As imagens circularam pelas redes sociais e a vítima registrou um boletim de ocorrência.Segundo testemunhas, o homem chegou por volta de 4h30 da madrugada, cantando pneu. Em seguida, teria entrado na loja de conveniências… aqui pediu algo para comer e o rapaz que estava no caixa informou que era preciso pagar antes de consumir. Nesse momento, ele teria ficado agressivo e dado início à discussão.Na imagem, o cliente do posto aparece discutindo com o colaborador e começa a intimar o trabalhador enquanto falava as palavras ofensivas.
Empresário também xingou garçoneteO homem, flagrado em um vídeo com ofensas racistas em um posto de combustíveis, também xingou uma garçonete em um bar. A cena foi flagrada por pessoas que estavam com o empresário. O suspeito aparece com a mesma roupa do vídeo em que ofende o frentista.Nas filmagens, o homem está com um copo de bebida alcoólica na mão e é grosseiro com a mulher que trabalha no local. A garçonete não aparece na gravação, mas é ofendida com palavrões.Também é possível ver que pessoas que estão próximas pedem calma, mas ele continua a proferir ofensas.O vídeo foi anexado ao processo como prova no processo, porque se as filmagens ocorreram antes das ofensas no posto de combustível, pode ser a comprovação de que o suspeito teria bebido e dirigido.