Pinhais anuncia início das obras de novo Hospital Municipal nesta terça-feira

As obras do novo Hospital Municipal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foram anunciadas na manhã desta terça-feira (6), no local onde a unidade será construída. Será na Rua 21 de abril, esquina com a Avenida Nossa Senhora da Boa Esperança, no Centro do município.

O hospital terá 14.236,42 metros quadrados e contará com 90 leitos, sendo 20 de UTI e atendimento hospitalar exclusivo aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento é de mais de R$ 1,2 bilhão como fomento ao longo dos 35 anos de concessão administrativa.

O anúncio das obras foi feito pela prefeita de Pinhais, Rosa Maria, e pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior. A construção do novo Hospital Municipal de Pinhais é uma Parceria Público-Privada (PPP). A concessionária Saúde Pinhais Ltda irá construir e poderá explorar a Bata Cinza (equipamentos e equipes técnico-administrativas) por 35 anos.

O consórcio composto por cinco empresas ganhou a licitação aberta pela Prefeitura de Pinhais – que disponibilizou o terreno e reservou, com recursos próprios, o aporte de aproximadamente R$ 40 milhões. O executivo também já transferiu mais de R$ 17 milhões para o Fundo Garantidor, também com recursos próprios.

Projeto e investimentos
O projeto tem o objetivo de implantar um novo hospital no município de Pinhais, visando a ampliação e qualificação das ofertas assistenciais de saúde, com destaque para o atendimento materno-infantil.

O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) está apoiando o projeto por meio de financiamento à concessionária Saúde Pinhais Ltda. O custo total destes investimentos está orçado em R$ 124 milhões, dos quais o BRDE participará com R$ 62 milhões, captados junto à Agência Francesa de Desenvolvimento, com prazo total de até 15 anos, incluídos até 27 meses de carência.

Além disso, o BRDE aprovou crédito ao município de Pinhais no valor de R$ 100 milhões, para investimentos em diversos setores da administração pública, como saúde, educação, infraestrutura, eficiência energética, dentre outros.

Os recursos são relativos aos investimentos especificados no edital de licitação, como projetos executivos, construção, equipamentos e mobiliário necessários à operacionalização dos serviços de apoio não assistenciais denominados Bata Cinza (recepção, telefonia, portaria, vigilância, lavanderia, limpeza, manutenção, jardinagem, gases medicinais, alimentação e nutrição, tecnologia da informação, exames laboratoriais).

O município poderá ainda utilizar recursos junto às principais entidades financeiras internacionais, como AFD, BID e NDB para financiar sua contrapartida no projeto do Hospital, em cerca de R$ 50 milhões.

Conta de água fica 8% mais cara no Paraná a partir de hoje

A conta de água ficará 8,23% mais cara no Paraná a partir desta quarta-feira (17). O percentual já contempla o reajuste de 2023. Este índice também considera outros aspectos, como os investimentos futuros que a companhia realizará em busca da universalização do atendimento à população paranaense.

Para a definição do índice, a equipe técnica levou em consideração as contribuições apresentadas na audiência pública do último dia 18 de abril, além de ajustes de valores da base de ativos, em um processo de revisão e melhoria contínua. A tabela com os novos valores, referentes a cada segmento e faixa de consumo, será publicada em Diário Oficial.

Inovações no serviço de saneamento do Paraná
Além da nova tarifa, a 2ª RTP traz duas importantes inovações para o serviço de saneamento no Paraná. A primeira delas é a alteração da estrutura tarifária, conjunto de tabelas que definem como será a cobrança da tarifa para os diferentes grupos de usuários, considerando sua divisão entre diferentes categorias de consumidores e o formato da tarifa.

A nova estrutura tarifária, que entrará em vigor em 2025, compreende a existência da Tarifa Básica de Disponibilidade (TBD), valor mínimo pago pelos consumidores para manutenção do sistema, em substituição à cobrança fixa por consumo mínimo.

Na prática, trata-se de um incentivo para que os usuários do serviço evitem o desperdício de água, pois a cobrança será proporcional ao volume consumido.

“Aqueles que consomem menos de 5m³ serão os mais beneficiados, porque pagarão apenas a TBD mais o consumo que tiverem. Por exemplo, na estrutura atual, quem consome 0m³ ou 4m³ paga por 5m³, que é a cobrança fixa por consumo mínimo. Na nova estrutura, quem consome 0m³ pagará apenas a TBD. Já quem consome 4m³ pagará a TBD mais o consumo de 4m³. Neste novo modelo, quem consome mais pagará mais, porém o pagamento será proporcional, pois haverá oito faixas de consumo, em vez de apenas seis”, explica Christian Luiz da Silva, chefe de Coordenadoria de Saneamento Básico da Agepar.

No entanto, devido à complexidade de sua implantação, pois esta depende de uma adequação da Companhia e também dos usuários, a nova estrutura tarifária entrará em vigor somente em 2025, quando terá início a 3ª Revisão Tarifária Periódica. Até lá, o processo de implantação será acompanhado por um Grupo de Trabalho, formado por uma equipe multidisciplinar.

Outra inovação da 2ª Revisão Tarifária é a inclusão do Fator Q entre os itens que compõem a tarifa do saneamento básico no Paraná, sendo um índice de medição da qualidade dos serviços prestados pela Sanepar.

Neste caso, por se tratar de uma novidade na composição da tarifa, também será criado um Grupo de Trabalho para acompanhar o processo de implantação, que será finalizado somente em 2025, assim como a nova estrutura tarifária. Além de beneficiar os usuários do serviço, as mudanças propostas durante a RTP também atendem determinações do Novo Marco Legal do Saneamento.