O preço da cesta básica teve alta de 4,16% em Curitiba no mês de janeiro, em comparação com dezembro de 2023, chegando ao valor de R$726. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta terça-feira (06) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, sete produtos apresentaram aumento no preço médio na capital paranaense. A batata registrou variação de 57,09%; feijão preto (11,11%); tomate (7,85%), arroz parboilizado (5,01%), óleo de soja (4,27%), manteiga (2,98%) e carne bovina de primeira (0,83%).
Foram registradas reduções no valor médio da banana (-5,39%), farinha de trigo (-3,72%), café (-2,63%), açúcar refinado (-1,06%) e pão francês (-0,62%).
De acordo com a pesquisa, o aumento no preço da batata foi puxado pela diminuição da oferta, causada pelo excesso de chuvas. Já para o arroz agulhinha os baixos estoques foram provocados pelo volume exportado, que fez subirem os valores médios do grão no varejo.
O especialista em gestão de negócios e economista no Centro Universitário Integrado, Alan Sales da Fonseca, explica que a sazonalidade é um fator que interfere diretamente na variação dos preços ao longo do ano. Alimentos que não estão no período de safra terão preços mais altos.
Além disso, a variação no preço dos combustíveis também gera impacto indireto no preço de alimentos, considerando que o preço dos fretes também costuma a subir. É o que explica o professor de Controladoria e Finanças da Universidade Positivo, Hugo Meza. Ele lembra que, além do preço dos combustíveis, a queda na taxa de juros estimula o consumo que, por sua vez, estimula a alta de preços.
Em janeiro de 2024, o custo da cesta básica da cidade de Curitiba foi o sétimo maior entre as 17 cidades pesquisadas. Também segundo a pesquisa, o trabalhador curitibano remunerado pelo salário mínimo comprometeu 113 horas e 09 minutos da jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Além disso, o custo da cesta básica no último mês equivaleu a 55,60% do salário mínimo líquido.