A partir desta quinta-feira (1º), o preço do botijão de gás vai ficar mais caro para as famílias brasileiras. O reajuste é devido à vigência das novas alíquotas do ICMS, aprovadas pelos governos estaduais em outubro do ano passado.

A alíquota do gás de cozinha foi aumentada para R$ 1,41 o quilo – um aumento de R$ 0,16 em relação ao vigente. O botijão subiria, em média, de R$ 100,98 para R$ 103,6.

Segundo a Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragás), com o reajuste o aumento do preço do botijão de gás de 13 kg ao consumidor pode chegar a R$ 5, dependendo da região, por causa das diferenças entre os estados da composição dos custos com o valor do ICMS. Assim, o valor médio chega a R$ 105.

A associação afirma que, com o aumento também no preço da gasolina e do diesel, aumenta ainda mais o valor final do gás de cozinha.

“As revendas são o último elo da cadeia de distribuição e fazem a operação de entregas aos consumidores, normalmente de um botijão por entrega, o que gera um custo logístico elevado. Por isso o reflexo dos preços dos combustíveis pesam muito no custo operacional das empresas e consequentemente no bolso dos consumidores”, afirmou a Abragás em nota.

A Abragás ainda diz que entende que o segmento pode precificar os produtos e serviços com base no custo operacional de cada empresa.

Aumento no preço da gasolina, diesel e botijão de gás
É o primeiro aumento do ICMS após a mudança do modelo de cobrança do imposto, que passou a ter alíquotas em reais por litro e não mais em percentual sobre um preço estimado de bomba dos produtos. A intensidade da alta é criticada pelo setor.

As distribuidoras de gás de cozinha, por exemplo, alegam que em 18 estados o botijão passa a ter alíquota equivalente a mais de 18% do preço do produto, excedendo o teto legal para a cobrança do imposto sobre produtos essenciais.

O aumento dos impostos ocorre num momento de queda do preço da gasolina no país, reflexo da redução das cotações do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos.

Gasolina e etanol mais baratos contribuíram para que o IPCA-15 atingisse, em janeiro, a menor taxa para o mês em cinco anos.

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