Clique aqui e assine

O general do Exército Mário Fernandes declarou em interrogatório do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi o responsável pela produção do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo o sequestro e homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Conforme o depoimento do réu do Núcleo 2, da suposta trama golpista, o arquivo era pessoal e seria destinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Mário Fernandes está preso desde novembro do ano passado e foi interrogado, por videoconferência, pelo juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Durante o governo Bolsonaro, o general ocupou o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Após o resultado das eleições de 2022, quando Bolsonaro foi derrotado por Lula, Mário Fernandes confessou que foi algumas vezes para o acampamento em frente ao Exército de Brasília. “Às vezes que fui no QG, fui como cidadão, vendo que era importante para o brasileiro apresentar suas demandas sociais e políticas”, afirmou.

general Mario Fernandes de boné
Mario Fernandes está preso desde novembro e é réu do Núcleo 2 da suposta trama golpista (Foto: Isac Nóbrega/ PR)

Fernandes também defendeu os manifestantes que estavam no acampamento e disse que parte deles não era golpista.  

“Chamar as pessoas que tiveram no 8 de janeiro como golpistas, eu posso até aceitar. Todos eles? Ali foram só alguns. Os que estavam na frente dos quartéis do Exército, eles entraram lá por vários motivos, até mesmo pelo festejo de reunirem patriotas, pessoas vestidas de verde e amarelo para conversarem sobre questões do país”, disse.

Plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes

No depoimento, o general alegou que o arquivo com o plano de sequestro e morte de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes era pessoal, mas confirmou que determinou a impressão do documento em uma impressora do Palácio do Planalto.

“A determinação foi minha ao meu chefe de gabinete, o Reginaldo Vieira de Abreu, que emitisse seis cópias. Essas seis cópias foram emitidas. O objetivo delas era apresentar ao GSI, que, doutrinariamente, era responsável pela montagem do gabinete de crise”, disse.

O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição os acusados do núcleo 2 ocorra no segundo semestre deste ano.

A denúncia da PGR sobre a trama golpista foi dividida em quatro núcleos. O núcleo 1, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, foi interrogado no mês passado. Essa parte do processo está nas alegações finais, última fase, e deve ser julgada em setembro.

*Com informações da Agência Brasil

Clique aqui e assine

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA