Veja lista de postos em Curitiba alvos de operação por adulteração de combustíveis

Um grupo que usava uma rede de postos de combustíveis para lavar dinheiro do tráfico de drogas foi alvo de 57 ordens judiciais. A organização movimentou mais de R$ 20 bilhões em 46 postos de combustíveis em Curitiba e região.

A Operação Tank apura lavagem de dinheiro do crime organizado, contrabando de produtos químicos e sonegação fiscal em uma rede de postos e distribuidoras de combustíveis. E também investiga a adulteração na qualidade dos combustíveis ou na quantidade indicada na bomba.

Confira abaixo a lista de postos de Curitiba e Região divulgada pela RPC.

Razão SocialEndereço
AUTO POSTO CANDAMAN LTDARua Maria de Lurdes dos Santos, 18 – Atuba, Colombo – PR
AUTO POSTO MANSAMBO TRANSPORTES RODOVIÁRIOS LTDAAvenida Rui Barbosa, 6131, Afonso Penna, Sao Jose dos Pinhais/PR
AUTO POSTO SAMOA LTDARua Juvenilson Americo de Oliveira, 35, Tatuguara, Curitiba/PR
POSTO SANTA MÔNICA LTDARodovia Br-116, 6736, Canguiri, Colombo/PR
AUTO POSTO LUA CRESCENTERua Doutor Barreto Coutinho, 25, Santa Candida, Curitiba/PR
POSTO METROPOLE AUSTRIA LTDAAvenida das Americas, 3327, Gralha Azul, Fazenda Rio Grande/PR
POSTO METROPOLE CACHOEIRA LTDARua Professor Alberto Piekarz, 619, Cachoeira, Almirante Tamandare/PR
POSTO METROPOLES ESTADOS LTDAAvenida Parana, 4223, Estados, Fazenda Rio Grande/PR
AUTO POSTO MIAMI LTDARua Isidoro Durigan, 43, Santa Felicidade, Curitiba-PR, CEP 82400030
AUTO POSTO ONYX LTDARua Ivo Leao, 419, Alto da Gloria, Curitiba/PR
AUTO POSTO KABINDA LTDARua Trombetas, 419, Weissopolis, Pinhais/PR
AUTO POSTO KIRIBATIRua David Tows, 3000, Sitio Cercado, Curitiba/PR
NOVA DELI COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS LTDARua Eduardo Pinto da Rocha, 809, Alto Boqueirao, Curitiba/PR
AUTO POSTO METROPOLE TREVO INDUSTRIAL LTDAAvenida Brasil, 236, Eucaliptos, Fazenda Rio Grande/PR
AUTO POSTO PETRO BOQUEIRÃO LTDARua Bartolomeu Lourenco de Gusmao, 4569, Boqueirao, Curitiba/PR
DONGGUAN AUTO POSTO LTDARua Maximino Zanon, 31, Bacacheri, Curitiba/PR
POSTO LINHA VERDE LTDARua Duque de Caxias, 399, Sao Francisco, Curitiba/PR
AUTO POSTO AMORIM LTDARua Francisco Claudino dos Santos, 324, Centro, Fazenda Rio Grande/PR
AUTO POSTO MARECHAL S/AAvenida Manoel Ribas, 8051, Butiatuvinha, Curitiba/PR
AUTO POSTO JARDIM SOCIAL LTDARua Percy Feliciano de Castilho, 185, Bairro Alto, Curitiba/PR
AUTO POSTO CAPÃO DA IMBUIÁ LTDARua Paulo Kissula, 693, Capao da Imbuia, Curitiba/PR
AUTO POSTO CURITIBA MASTER LTDAAvenida Monteiro Tourinho, 1511, Atuba, Curitiba/PR
AUTO POSTO N.H. LTDARodovia do Xisto – Br 476, S/n, Km 38 A, Centro, Contenda/PR, Cep 83730000
AUTO POSTO PETRO DEROSSO LTDARua Francisco Derosso, 5332, Xaxim, Curitiba/PR
POSTO DE SERVIÇOS JX LTDARua Joao Negrao, 2054, Reboucas, Curitiba/PR
AUTO POSTO PETRO DURIGAN LTDARua Angelo Domingos Durigan, 1111, Cascatinha, Curitiba/PR
POSTO DE SERVIÇOS MAXX LTDARua Mal Mascarenhas Moraes, 1020, Santa Candida, Curitiba/PR
AUTO POSTO JLS LTDARua Itupava, 465, Alto da Xv, Curitiba/PR
AUTO POSTO PINHAIS LTDARodovia Joao Leopoldo Jacomel, 12351a, Centro, Pinhais/PR, Cep 83323410
AUTO POSTO ORLEANS LTDARua Joao Falarz, 507, Orleans, Curitiba/PR
AUTO POSTO PETRO RAZO LTDARua Joao Marquesi, 140, Capao Raso, Curitiba/PR
AUTO POSTO GISA PORTAL DE CAMPO LARGOAvenida Padre Natal Pigatto, S/nº, Vila Elizabeth, Campo Largo/PR
POSTO ALTO MARACANÃ LTDARua Abel Scuissiato, 381, Atuba, Colombo/PR
TIC POSTO VIAvenida Prefeito Erasto Gaertner, 1600, Bacacheri, Curitiba/PR
POSTO DE SERVIÇOS LX LTDARua Luiz Franca, 2071, Cajuru, Curitiba/PR
AUTO POSTO ABAETÉ LTDARua Fernando de Noronha, 1338, Terreo, Santa Candida, Curitiba/PR
AUTO POSTO CALIFORNIA LTDAAvenida Anita Garibaldi, 1805 – Ahú, Curitiba – PR, 82200-530
AUTO POSTO PORTO RICO LTDARua João Tschannerl, 642 – Vista Alegre, Curitiba – PR, 80820-010
AUTO POSTO VISTA ALEGRE LTDARua Carlos Razera, 248 – Vista Alegre, Curitiba – PR, 80810-310
AUTO POSTO GH CURITIBA LTDAAvenida da Integração, 945 – Bairro Alto, Curitiba – PR, 82840-290
AUTO POSTO PORA LTDARua Andirá – Jardim Guaraituba, Colombo – PR, 83410-270 (esquina com a Cascavel)
AUTO POSTO X LTDARua XV de Novembro, 2499 – Alto da XV, Curitiba – PR, 80045-270
AUTO POSTO DIO LTDAAvenida Sen. Salgado Filho, 921 – Prado Velho, Curitiba – PR, 81510-000
AUTO POSTO VISA LTDARua 24 de Maio, 910 – Centro, Pinhais – PR, 83323-060
AUTO POSTO BOQUEIRÃO LTDARua Waldemar Loureiro Campos, 2084 – Boqueirão, Curitiba – PR, 81670-360 (Esquina com a João Barcelos)
AUTO POSTO AMG LTDARua Cap. Leônidas Marques, 2131 – Uberaba, Curitiba – PR, 81550-220

A operação
A Receita Federal e a Polícia Federal realizam em Curitiba e Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), buscas autorizadas pela Justiça. Há mandados sendo cumpridos nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão preventiva na quinta-feira (dia 28).

No Paraná, as investigações tiveram início em 2023. Clique aqui para saber mais.

Nota da Paranapetro

A infiltração do crime organizado no segmento de combustíveis de todo o Brasil é um problema grave, e que vem sendo denunciado e investigado pelas autoridades competentes nos últimos anos.

O Paraná é especialmente sensível por conta da entrada de produtos importados pelo Porto de Paranaguá, utilizados de forma ilegal em adulterações, conforme informações que também já tinham sido levadas ao conhecimento dos órgãos fiscalizadores.

A operação em curso, desse modo, é muito importante para combater a ilegalidade no segmento, que se espalhou pela produção, distribuição e revenda, em diversos estados do Brasil.

Rompimento de adutora pode deixar 33 bairros de Piraquara sem água.

Os moradores de vários bairros de Piraquara, na Região Metropolitana, podem ficar sem água nesta sexta-feira (29).

Uma tubulação de água se rompeu. A situação foi detectada ainda na quinta-feira (28) e foram iniciados os procedimentos de escavação e de conserto logo em seguida, avançando pela madrugada. Para a finalização dos trabalhos, a Sanepar precisou solicitar a fabricação de uma peça específica para aquela tubulação.

A peça já está em produção e a Sanepar espera finalizar o conserto até às 14 horas desta sexta-feira (29).

A normalização do sistema de água será gradativa e o abastecimento de água deve estar regularizado por volta das 6 horas da madrugada de sábado (30).

Podem ser afetados os bairros: Capoeira dos Dinos, Ipanema, Laranjeira, Jardim Águas Claras, Jardim Bom Jesus, Jardim das Laranjeiras, Jardim dos Estados, Jardim Esmeralda, Jardim Mirte, Jardim Olinda, Vila Osternak, Jardim Primavera, Jardim Santa Clara, Jardim Santa Maria, Jardim Santa Mônica, Jardim Veneza, Planta Cruzeiro, Planta Deodoro, Planta Rita de Cássia, Planta São Tiago, Planta Simone, São Cristóvão, Vila Dalila, Vila Franca, Vila Fuck, Vila Izabel, Vila Juliana, Vila Macedo, Vila Marumby, Vila Militar, Vila Remo, Vila Santa Helena e Vila Suzi.

Sanepar ensina a fazer sabão, economizar e preservar o meio ambiente

A Sanepar tem ampliado sua atuação junto às comunidades do Paraná com iniciativas que unem educação ambiental, geração de renda e preservação dos recursos naturais. Um dos destaques desse trabalho é a oficina de sabão ecológico, que ensina famílias a reaproveitar o óleo de cozinha usado e transformá-lo em sabão de forma simples, econômica e sustentável.

O projeto, já realizado em diversos municípios do Estado, tem levado conhecimento a milhares de pessoas, mostrando que pequenas atitudes no dia a dia podem gerar grande impacto na preservação ambiental. O óleo descartado de forma incorreta, muitas vezes despejado na pia da cozinha, causa entupimentos nas redes de esgoto e pode contaminar a água e o solo. Com a técnica ensinada pela Sanepar, esse resíduo se transforma em produto útil, reduzindo custos domésticos e evitando danos ao meio ambiente.

O gestor de educação socioambiental da Sanepar Ronaldo Barreto, lembra que não se deve jogar o óleo na rede de esgoto. Na oficina, os participantes tem acesso a apostila e certificado. A receita do Ronaldo, que incentiva a reutilização do óleo de cozinha, tem também a informação sobre os danos que o descarte indevido do produto traz ao meio ambiente.

IMPACTOS – “Nunca mais eu compro sabão na minha vida”, afirma Ednalva da Silva Dutra. Ela saiu muito impressionada da Oficina de Sabão Ecológico promovida pela Sanepar, recentemente, em Paiçandu, no Noroeste do Estado. Encantada com a facilidade com que o óleo usado na cozinha vira sabão, com pouco esforço, ela já enxerga uma grande economia para a família além da possibilidade de gerar renda.

“Eu achei que eu ia chegar aqui, ia ficar batendo, batendo e batendo. Não; chega aqui, coloca os produtos, um negocinho, chacoalha: sabão. Ah, agora eu vou viver de sabão,” comemora Ednalva.

A gestora ambiental da Sanepar, que acompanha projetos de intervenção socioambiental no Norte do Paraná, Andrea Fontes, explica que a proposta da Sanepar com este tipo de oficina é realmente gerar renda, ao mesmo tempo em que conscientiza o participante sobre saneamento ambiental. “Nós falamos da correta utilização (da rede de esgoto) e do descarte do óleo, bem como dos impactos negativos de quando esse óleo é descartado indevidamente tanto na água quanto no solo”, explica Andrea.

De acordo com ela, as oficinas vêm também dar solução para um dos maiores problemas na operação da rede de esgoto: o entupimento. “Então, com poucos ingredientes tem-se a possibilidade de uma solução alternativa para a destinação desse óleo”, resume Andrea.

Com o óleo sendo reaproveitado para sabão, a família deixa de comprar produtos tradicionais de prateleira, para gastar apenas com soda cáustica.

ECONOMIA – A receita é simples: soda cáustica, água e óleo usado na cozinha, devidamente filtrado. Isto é tudo o que é necessário para resolver um problema ambiental e econômico, tanto na casa do cliente quanto na operação da rede de esgoto. Variações da receita são compartilhadas durante as oficinas: limão, açúcar, erva curtida no álcool ou essências. Qualquer aditivo deste tipo vai aproximar as características do produto final dos que ocupam as prateleiras dos mercados, sem tantas químicas e potenciais alergênicos.

Regina Quintiliano Prezotto, moradora do Jardim Primavera, em Londrina, participou da oficina no CRAS Norte B, junto com a filha, no ano passado. “Sempre guardei o óleo e já fazia sabão. Uso para tudo”, conta Regina. Agora, a tarefa envolve toda a família.

Acidente envolvendo ônibus municipal e carreta deixa feridos na BR-116 no PR

Um grave acidente foi registrado na manhã desta sexta-feira (29) na BR-116, no Contorno Sul, em Campina Grande do Sul. Um ônibus municipal colidiu contra uma carreta e tombou.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Corpo de Bombeiros, equipes da concessionária Arteris Regis Bittencourt e um helicóptero da PRF foram deslocados até o local.

Seis pessoas ficaram feridas, sendo três com ferimentos leves, duas com moderados e uma com ferimentos graves. Além disso, uma morte foi confirmada no local.

Uma idosa de 80 anos foi encaminhada ao hospital de helicóptero. Ela sofreu um trauma na região do tórax, ferimento considerado moderado, conforme a PRF.

Outra mulher sofreu fratura na perna esquerda e laceração na perna direita, e será transportada pela aeronave da PMPR.

Matéria em atualização.

Leilão de veículos em Curitiba tem BMW a partir de R$ 15,8 mil.

Um leilão de carros em Curitiba vai reunir veículos recolhidos pela Polícia Militar (PM) que não foram retirados por seus proprietários dentro dos prazos legais. Agora, os automóveis passam a ser disponibilizados para arremate.

De acordo com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), serão realizados dois leilões: um de 148 veículos aptos a circular em via pública e outro de 4.475,758 toneladas de materiais ferrosos para reciclagem.

Leilão de veículos em Curitiba

Pessoas físicas e jurídicas podem participar do leilão de carros e motos em Curitiba. Os interessados devem se cadastrar até esta sexta-feira (29), conforme prevê o item 5 do edital.

Entre os modelos há, por exemplo, uma motocicleta Harley Davidson/FLSTN com lance inicial de R$ 13.600,00; um automóvel I/BMW 118I 1A31 com lance inicial de R$ 15.800,00; e um utilitário I/BMW X3 XDRIVE20I WX31 com lance inicial de R$ 27.800,00.

A sessão pública dos veículos aptos à circulação será na terça-feira (2), a partir das 9h, no auditório do Sest/Senat. O valor total da avaliação dos lotes é de R$ 716,6 mil. Na sucessão de lances, o valor entre um incremento e outro será de R$ 200,00 e, após o arremate, os pagamentos deverão ser feitos à vista no prazo de três dias úteis, a contar da realização do leilão.

Leilão do Detran em Curitiba
Já os materiais ferrosos são originados de 11.607 veículos baixados do Renavam. Como não poderiam mais ser registrados ou licenciados, os veículos têm circulação em via pública proibida (bem como a comercialização de peças ou partes metálicas).

O leilão será quarta-feira (3), a partir das 14h, na sede do Detran-PR. O valor de avaliação é de R$ 0,25 o kg do material ferroso, perfazendo o valor global mínimo de R$ 1.118.939,50.

Pessoas jurídicas que operam no ramo de siderurgia ou de fundição e aquisição de sucatas e material inservível, cujo objeto social seja compatível com o objeto da licitação, podem participar. O edital de leilão nº 002/2025 está disponível no site do Detran-PR.

Policia Federal mira fraude com metanol ligada ao PCC no Paraná

Foto/Crédito: Divulgação/Receita Federal

A entrada de metanol pelo Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, é considerada o ponto central de um esquema de fraudes em postos de combustíveis nas regiões Sul e Sudeste.

O produto, importado oficialmente para outros fins, chegava ao estado por meio de navios, mas era desviado por integrantes de uma organização criminosa liderada por membros da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o metanol era utilizado na fabricação de gasolina adulterada, causando sérios prejuízos aos consumidores. Além disso, era transportado de forma clandestina, com documentação fraudulenta e em desacordo com as normas de segurança, colocando em risco motoristas, pedestres e o meio ambiente.

Em Curitiba, o grupo controlava 46 postos de combustíveis.

Com o objetivo de desestruturar o esquema, a Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, cumpre desde as primeiras horas desta quinta-feira (28) mandados de busca e apreensão contra 350 alvos (pessoas físicas e jurídicas) em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Estão na mira diversos elos da cadeia de combustíveis controlada pelo crime organizado, desde a importação, produção e distribuição até a comercialização ao consumidor final, além dos mecanismos de ocultação e blindagem patrimonial, por meio de fintechs (FIN-TEQUIS) e fundos de investimento.

A PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) ingressou com ações cíveis na Justiça para bloquear mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos, visando garantir o crédito tributário.

PCC administra 40 fundos de investimentos em patrimônio, diz Receita Federal

(foto: Receita Federal)

A Receita Federal, que integra a “Operação Carbono Oculto”, junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) e outros órgãos parceiros, cumpre nesta quinta-feira (28) mandados de busca e apreensão contra cerca de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, localizados em oito estados. O objetivo é desmantelar um esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.

Segundo as investigações, esta é a maior ação contra o crime organizado no país. Vários elos da cadeia de combustíveis controlados pelo crime organizado estão sendo investigados, envolvendo a importação, produção, distribuição, comercialização e blindagem do patrimônio, via fintechs e fundos de investimentos.

Em nota do Ministério Público de São Paulo (MPSP), os agentes destacam a infiltração de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Além disso, segundo a Receita Federal, a facção administra cerca de 40 fundos de investimentos em patrimônio de R$ 30 bilhões. Entre os estados em que a operação acontece estão São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional também entrou com um pedido de bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos.

Operação nacional mira em postos vinculados ao PCC

A Receita Federal e órgãos parceiros deflagraram, nesta quinta-feira, a “Operação Carbono Oculto”. Trata-se da maior operação contra o crime organizado da história do País em termos de cooperação institucional e amplitude.

O objetivo da ação é desmantelar esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Estão na mira da investigação vários elos da cadeia de combustíveis controlados pelo crime organizado, desde a importação, produção, distribuição e comercialização ao consumidor final até os elos finais de ocultação e blindagem do patrimônio, via fintechs e fundos de investimentos.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em cerca de 350 alvos – pessoas físicas e jurídicas – localizados em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina (veja lista de cidades na tabela disponível no drive do final do release). A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) também ingressou com ações judiciais cíveis de bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos, para a garantia do crédito tributário.

As investigações apontam que o sofisticado esquema engendrado pela organização criminosa, ao mesmo tempo que lavava o dinheiro proveniente do crime, obtinha elevados lucros na cadeia produtiva de combustíveis. O uso de centenas de empresas operacionais na fraude permitia dissimular os recursos de origem criminosa. A sonegação fiscal e a adulteração de produtos aumentavam os lucros e prejudicavam os consumidores e a sociedade.

Operações financeiras realizadas por meio de instituições de pagamento (fintechs), em vez de bancos tradicionais, dificultavam o rastreamento dos valores transacionados. Por fim, o lucro auferido e os recursos lavados do crime eram blindados em fundos de investimentos com diversas camadas de ocultação de forma a tentar impedir a identificação dos reais beneficiários.

Participam da operação cerca de 350 servidores da Receita Federal, além de servidores do Ministério Público de São Paulo (MPSP), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); Ministério Público Federal, por meio do Gaeco; Polícia Federal; Polícias Civil e Militar; Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz/SP); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); e Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP).

Fraudes
Importadoras atuavam como interpostas pessoas, adquirindo no exterior nafta, hidrocarbonetos e diesel com recursos de formuladoras e distribuidoras vinculadas à organização criminosa. Somente entre 2020 e 2024, foram importados mais de R$ 10 bilhões em combustíveis pelos investigados.

Por sua vez, formuladoras e distribuidoras, além de postos de combustíveis também vinculados à organização, sonegavam reiteradamente tributos em suas operações de venda. A Receita Federal já constituiu créditos tributários federais de um total de mais de R$ 8,67 bilhões em pessoas e empresas integrantes do esquema.

Outra fraude detectada envolvia a adulteração de combustíveis. O metanol, importado supostamente para outros fins, era desviado para uso na fabricação de gasolina adulterada, com sérios prejuízos para os consumidores.

Lavagem de dinheiro
As formuladoras, as distribuidoras e os postos de combustíveis também eram usados para lavar dinheiro de origem ilícita. Há indícios de que as lojas de conveniência e as administradoras desses postos, além de padarias, também participavam do esquema.

Auditores-fiscais da Receita Federal identificaram irregularidades em mais de 1.000 postos de combustíveis distribuídos em 10 estados (SP, BA, GO, PR, RS, MG, MA, PI, RJ e TO). A maioria desses postos tinha o papel de receber dinheiro em espécie ou via maquininhas de cartão e transitar recursos do crime para a organização criminosa por meio de suas contas bancárias no esquema de lavagem de dinheiro. Entre 2020 e 2024, a movimentação financeira desses postos foi de R$ 52 bilhões, com recolhimento de tributos muito baixo e incompatível com suas atividades. Os postos já foram autuados pela Receita Federal em mais de R$ 891 milhões.

No entanto, cerca de 140 postos eram usados de outra forma. Eles não tiveram qualquer movimentação entre 2020 e 2024, mas, mesmo assim, foram destinatários de mais de R$ 2 bilhões em notas fiscais de combustíveis. Possivelmente, essas aquisições simuladas serviram para ocultar o trânsito de valores ilícitos depositados nas distribuidoras vinculadas à organização criminosa.

Ocultação
Os valores eram inseridos no sistema financeiro por meio de fintechs, empresas que utilizam tecnologia para oferecer serviços financeiros digitais. A Receita Federal identificou que uma fintech de pagamento atuava como “banco paralelo” da organização criminosa, tendo movimentado mais de R$ 46 bilhões de 2020 a 2024. As mesmas pessoas controlavam outras instituições de pagamento menores, usadas para criar uma dupla camada de ocultação.

A fintech também recebia diretamente valores em espécie. Entre 2022 e 2023, foram efetuados mais de 10,9 mil depósitos em espécie, totalizando mais de R$ 61 milhões. Este é um procedimento completamente estranho à natureza de uma instituição de pagamento, que opera apenas dinheiro escritural.

A utilização de fintechs pelo crime organizado objetiva aproveitar brechas na regulação desse tipo de instituição. Essas brechas impedem o rastreamento do fluxo dos recursos e a identificação, pelos órgãos de controle e de fiscalização, dos valores movimentados por cada um dos clientes da fintech de forma isolada.

Uma dessas brechas é a utilização da “conta-bolsão”, uma conta aberta em nome da própria fintech em um banco comercial por onde transitam de forma não segregada recursos de todos os seus clientes. Era dessa forma que as operações de compensação financeira entre as distribuidoras e os postos de combustíveis eram realizadas, assim como compensações financeiras entre as empresas e os fundos de investimentos administrados pela própria organização criminosa. A fintech era usada ainda para efetuar pagamentos de colaboradores e de gastos e investimentos pessoais dos principais operadores do esquema.

Outra brecha é a não obrigatoriedade de prestação de informações à Receita Federal sobre as operações financeiras dos clientes por meio da e-Financeira. Em 2024, a Receita Federal promoveu alterações normativas referentes à e-Financeira visando dar maior transparência e diminuir a opacidade das instituições de pagamento, alterações essas revogadas no início de 2025 após onda de fake news sobre o tema.

Portanto, a fintech era um poderoso núcleo financeiro da organização criminosa, porém invisível para ações de controle e fiscalização.

Blindagem
O dinheiro de origem ilícita era reinvestido em negócios, propriedades e outros investimentos através de fundos de investimentos que recebiam recursos da fintech, dificultando sua rastreabilidade e dando a ele uma aparência de legalidade.

A Receita Federal já identificou ao menos 40 fundos de investimentos (multimercado e imobiliários), com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pela organização criminosa. Em sua maioria, são fundos fechados com um único cotista, geralmente outro fundo de investimento, criando camadas de ocultação. Entre os bens adquiridos por esses fundos estão um terminal portuário, quatro usinas produtoras de álcool (mais duas usinas em parceria ou em processo de aquisição), 1.600 caminhões para transporte de combustíveis e mais de 100 imóveis, dentre os quais seis fazendas no interior do estado de São Paulo, avaliadas em R$ 31 milhões, e uma residência em Trancoso/BA, adquirida por R$ 13 milhões.

Os indícios apontam que esses fundos são utilizados como um mercado de ocultação e blindagem patrimonial e sugerem que as administradoras dos fundos estavam cientes e contribuíram para o esquema, inclusive não cumprindo obrigações com a Receita Federal, de forma que sua movimentação e a de seus cotistas fossem ocultadas da fiscalização.

Nome da operação
O nome “Carbono Oculto” foi escolhido para traduzir de maneira metafórica a ideia de dinheiro escondido dentro da cadeia do combustível, em alusão tanto ao elemento químico presente na gasolina/diesel quanto ao ato de esconder recursos ilícitos nas instituições de pagamento e nos fundos de investimentos.

Piraquara vai inaugurar a primeira Biblioteca Livre da Região Metropolitana de Curitiba

Nesta quarta-feira, 27 de agosto, Piraquara inaugura a primeira Biblioteca Livre da Região Metropolitana de Curitiba, localizada no Terminal Rodoviário Ipenor Victório Piccoli, também conhecido como São Roque. O espaço reúne mais de três mil livros e tem como objetivo incentivar a leitura por meio do compartilhamento comunitário, garantindo acesso gratuito a todos os usuários e trabalhadores do transporte público, além de visitantes que circulam diariamente pelo local.

Inspirada em iniciativas já existentes em outros países e grandes centros urbanos, a biblioteca funcionará em um espaço exclusivo, devidamente equipado e identificado. Serão disponibilizados livros de diferentes gêneros e para todas as idades, de forma totalmente gratuita. Qualquer pessoa poderá pegar, ler e, se desejar, devolver ou trocar os exemplares.

O local não terá funcionários nem controle de acesso ou regras para retirada dos livros, baseando-se na confiança e na partilha comunitária. A Biblioteca Livre foi idealizada por meio da parceria entre a Prefeitura de Piraquara e a ONG Viagem do Livro, com apoio da Associação Evangelizar é Preciso, da AMEP e da Câmara Municipal de Piraquara.

INAUGURAÇÃO
Data: 27 de agosto
Horário: 15H
Local: Terminal do São Roque (Av. São Roque, esquina com Av. Frei Rui Guido Depiné – antiga Av. Brasília, Jardim Santa Mônica)