Mais de 12 toneladas de fios foram apreendidas durante uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta quarta-feira (23), em uma fábrica de produtos elétricos e fios de cobre em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação contou com o apoio do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do Paraná e resultou em uma prisão em flagrante.
Segundo o delegado Cássio André Dias Conceição, a empresa dificultava a realização de ações de fiscalização pelo Ipem, além de já ter sido autuada.
A empresa comercializava materiais elétricos fora do padrão para todo o Estado. César Melo, presidente Ipem, reforça que esse tipo de produto precisa ter selo do inmetro para ser comercializado.
O proprietário da fábrica foi autuado em flagrante pelo crime de indução do consumidor ao erro. Após os procedimentos de polícia judiciária, ele foi encaminhado ao sistema penitenciário.
Os fios de cobre foram apreendidos e encaminhados a. A polícia determinou ainda a apreensão do maquinário da empresa. A fábrica ficará inviabilizada até a decisão judicial.
O Governador Ratinho Júnior (PSD) confirmou a desapropriação do Estádio do Pinheirão, nesta tarde de quarta-feira (23). O local, que está sem uso há 17 anos, será transformado em um centro de eventos, segundo Ratinho Junior em vídeo publicado nas redes sociais. O projeto elaborado prevê uma arena de eventos, um centro de exposições para até 25 mil pessoas e um complexo comercial, com setor hoteleiro e boulevard com restaurantes e academia. Segundo o governador, o projeto é um passo para impulsionar o turismo no estado e em Curitiba. De acordo com o Governo do Paraná, após a desapropriação e o projeto inicial, será realizado o projeto de engenharia para a construção da estrutura, através de uma concessão ou de uma parceria público privada. As alternativas estão sendo estudadas e esse processo deve ser concluído nos próximos seis meses. O planejamento atual da Secretaria de Estado do Planejamento prevê que o antigo Pinheirão receba um investimento superior a R$ 1 bilhão.
Para o especialista em gestão urbana, Luis André Fumagalli, a expectativa de receber um alto fluxo de pessoas vai exigir um planejamento para os entornos do complexo.
LOCAL ESTAVA SEM USO DESDE 2007
Idealizado por José Milani, presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) entre 1960 e 1975, o estádio ocupou um terreno doado pela prefeitura de Curitiba na gestão de Omar Sabbag em 1968. A construção começou em 1972, foi paralisada, na mesma década, por falta de recursos.
Eleito presidente da FPF em 1985, Onaireves Moura conseguiu concluir o estádio no mesmo ano e convenceu o Athletico a mandar seus jogos no novo campo. O rubro-negro ficou no Pinheirão até 1994, quando voltou a mandar partidas na Baixada.
O último campeão no Pinheirão foi o Paraná Clube, vencedor do Campeonato Paranaense em 2006. Por causa de dívidas da gestão de Moura, a FPF perdeu o estádio e a sede da entidade, que ficava na mesma área. O empresário João Festro arrematou o terreno em um leilão realizado em 2012.
Começa nesta quarta-feira (23) a 3ª Expo Fazenda, em Fazenda Rio Grande, a maior feira agroindustrial da região de Curitiba. A última edição recebeu mais de 240 mil pessoas e superou o número de habitantes da cidade.
O prefeito Marco Marcondes afirma que no ano passado o evento movimentou mais de R$ 130 milhões em rodadas de negócios, para este ano, uma agenda com expositores e shows, que devem atrair mais uma vez um grande público.
O padre Fábio de Melo é a maior atração da abertura. O show reúne clássicos e composições autorais que são sucessos ao longo dos 25 anos de carreira, período em que o sacerdote vendeu mais de 3 milhões de cd’s e 3.5 milhões e meio de livros.
Segundo o prefeito Marcondes, a entrada é gratuita, mas para entrar no parque multieventos, o público precisa consumir algum produto nos comércios da cidade.
Serão cinco dias de expo Fazenda, além das atrações culturais, gastronomia, feiras e exposição de animais, o evento conta com o tradicional rodeio, o campeão garantirá vaga para a competição da próxima festa do peão em Barretos.
Atrás nas pesquisas de intenção de voto, o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) replicou seu padrinho político, o presidente Lula (PT), e leu uma carta intitulada “Ao Povo de São Paulo” na esperança de reduzir sua rejeição.
Ele também fez acenos ao eleitorado de Pablo Marçal (PRTB) e anunciou que dormirá na casa de eleitores até o final da semana. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (17), o psolista tem 33% das intenções de voto no segundo turno, ante 51% de Ricardo Nunes (MDB).
Em um púlpito improvisado em frente à prefeitura, Boulos prometeu nesta segunda-feira que só voltará para casa no final de semana. “Vou rodar essa cidade, conversando com pessoas, dialogando. Dormir na casa dessas pessoas. Vou virar votos 24 horas por dia, porque acredito nessa vitória”, afirmou.
“Diferentemente de quem ocupa esse prédio [em referência ao edifício da sede da prefeitura], nós não estamos na política por causa de eleição. Estamos na política para que a cidade fique mais humana”, prosseguiu.
A carta remete uma estratégia adotada pelo presidente Lula (PT), que, em sua primeira campanha vitoriosa ao Palácio do Planalto, em 2002, buscou atrair eleitores moderados com a “Carta ao Povo Brasileiro”.
“Nosso governo será de diálogo e construção conjunta, sem amarras a qualquer tipo de sectarismo”, disse Boulos, na mesma linha, nesta segunda-feira.
O texto lido pelo candidato do PSOL foi direcionado, em boa parte, a trabalhadores autônomos e das periferias. O candidato citou, por exemplo, manicures, motoboys e motoristas por aplicativos. Boulos, porém, não explicou na carta as oportunidades que pretende oferecer, se for eleito.
Ele disse que a “periferia mudou” e reconheceu a dificuldade dos políticos de esquerda ao tentar se aproximar desse grupo, que ajudou a engrossar o eleitorado de Marçal.
“Você, mulher, que foi abrir seu salão, vender salgados na garagem de casa ou na porta do metrô, sabe disso. Você, jovem, que financiou uma moto e foi trabalhar sem parar e sem nenhuma proteção, sabe disso. Você que pega um carro e dirige a cidade toda como motorista de aplicativo sabe disso. Muitas vezes nós deixamos de falar com vocês”, escreveu Boulos.
“Eu quero aqui assumir um compromisso com cada um de vocês: a Prefeitura de São Paulo vai te oferecer oportunidades, não só aparecer pra cobrar boleto”.
Ele também citou o nome de sua vice, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
“Muitos ficam assustados com a minha trajetória no movimento social. Outros se questionam sobre se conseguiremos dar conta ou se vamos dialogar com quem tem visões diferentes. E, por isso, ficam receosos de apostar na mudança. Peço aqui um voto de confiança a você”, disse.
O candidato do PSOL também adotou frase do petista famosa naquele pleito: “a esperança pode sim vencer o medo”.
O psolista disse que irá dormir na casa de eleitores entre esta segunda-feira (21) e sexta-feira (25). A primeira hospedagem será na Brasilândia, na zona norte. De acordo com a agenda de campanha, ele passará à noite na casa da “Dona Maria Roseli, professora”.
Antes disso, terá uma série de compromissos de campanha ao longo do dia e, à noite, deve se encontrar com evangélicos.
Segundo o Datafolha, Nunes tem 57% das intenções de voto nesse segmento, ante 23% de Boulos. A margem de erro para esta fatia do eleitorado é de seis pontos percentuais.
Depois, o candidato do PSOL seguirá para região central e irá dormir no Grajau (zona sul) e em São Mateus (zona leste).
Segundo Boulos, o roteiro na sexta terminará na zona oeste, onde ele irá se preparar para o debate da Rede Globo.
Ele não detalhou como foi a escolha das pessoas que irão hospedá-lo. Disse apenas que esses moradores se voluntariaram através de lideranças do bairro.
“Essas pessoas que eu vou visitar foram pessoas que, quando a gente colocou a ideia, se voluntariaram para me receber nas suas casas, para conversar sobre sua vida, sobre seus problemas. Conversarmos com lideranças da região”, explicou.
Questionado pela imprensa a respeito da estratégia do adversário de dormir na casa das pessoas, Nunes ironizou: “Não consigo não rir”, disse em evento de campanha à tarde. O prefeito disse que seguirá fazendo campanha “de uma forma bem séria, sem nenhum marketing político, trabalhando, conversando, com muita humildade”.
Boulos chegou até o local de van e com uma mala, com a promessa de voltar para casa só depois do debate da Globo. Durante a sua fala, funcionários da prefeitura foram até a janela acompanhar o discurso do psolista.
Durante a tarde desta segunda, o psolista realizou uma nova edição do debate público -o primeiro evento neste molde ocorreu no centro de São Paulo, na última sexta-feira (18).
Desta vez, o evento aconteceu no bairro do Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista, onde foram instalados três púlpitos: um para Guilherme Boulos, outro para população e um terceiro para Nunes -o deputado federal tem chamado prefeito de fujão e covarde pela ausência em três debates no segundo turno.
Diferente do primeiro embate, que contou apenas com apoiadores, desta vez o candidato foi questionado por uma plateia mais plural.
Em um determinado momento, um homem disse que o psolista ainda não tinha seu voto e pediu que Boulos nunca repita frases como as da sua vice Marta Suplicy, que disse “relaxa e goza” para a população afetada por uma crise aérea, em 2007. Na época, Marta era ministra do Turismo e pediu desculpas pelo episódio.
Boulos contornou o confronto e disse que, na vida, todos têm “seus acertos e erros”. “Acho que Marta se caracteriza mais pelos acertos que pelos erros. Não foi uma frase feliz e ela mesmo já pediu desculpas. Não vamos cometer esses erros e tenho o maior respeito pelo povo”, disse o candidato.
Leia a carta na íntegra:
“Venho aqui, de coração aberto, para falar com vocês. Eu nasci, cresci e formei minha família na nossa cidade. Tive a oportunidade de viver os dois lados da ponte. O que sempre me moveu, desde menino, quando fui atuar junto com as pessoas sem-teto, foi o sentimento de indignação com as injustiças e a convicção de que é possível vivermos numa sociedade melhor. Como pode uma cidade tão rica ter gente com fome? Como pode ter tanta gente nas ruas? Como pode termos bairros com a qualidade de vida da Suécia e outros, com a dos países mais pobres do mundo? Essas inquietações são minhas, dos que caminham ao meu lado e, tenho certeza, também são suas.
Ter uma cidade mais humana, em que a solidariedade não seja destruída pela indiferença, é o que eu acredito e quero fazer. Sei que muitos de vocês compartilham desse sonho, mas têm dúvidas e receios. Muitos ficam assustados com a minha trajetória no movimento social. Outros se questionam sobre se conseguiremos dar conta ou se vamos dialogar com quem tem visões diferentes. E, por isso, ficam receosos de apostar na mudança que representamos, mesmo sabendo que a cidade não está boa. Peço aqui um voto de confiança a vocês. Eu me preparei para governar nossa cidade: estudei cada área, cada contrato e cada solução. Chamei a Marta, com sua experiência administrativa, para ser minha vice e juntamos especialistas e gestores que passaram por governos de diferentes partidos. Nosso governo será de diálogo e construção conjunta, sem amarras a qualquer tipo de sectarismo.
Reconheço também que, pelo nosso propósito de olhar sempre para os invisíveis, muitas vezes nós da esquerda deixamos de falar com tanta gente que também batalha, sofre o dia-a-dia das periferias e que buscou encontrar sua própria forma de ganhar a vida. A periferia mudou. Você, mulher, que foi abrir seu salão, vender salgados na garagem de casa ou na porta do metrô, sabe disso. Você, jovem, que financiou uma moto e foi trabalhar sem parar e sem nenhuma proteção, sabe disso. Você que pega um carro e dirige a cidade toda como motorista de aplicativo sabe disso. Muitas vezes nós deixamos de falar com vocês.
Eu quero aqui assumir um compromisso com cada um de vocês: a Prefeitura de São Paulo vai reconhecer o seu esforço e te oferecer oportunidades, não só aparecer pra cobrar boleto. Isso não é apenas uma promessa de campanha. É um compromisso de futuro.
Sei que boa parte de vocês está descrente da política, perdeu a esperança por achar que são todos iguais. E quando a gente vê quem aparece só de quatro em quatro anos, repetindo o que o marqueteiro falou, eu te entendo. É difícil diferenciar quem está de verdade do seu lado dos que querem te enganar. O compromisso que eu assumo com vocês não é apenas de fazer melhor, é de fazer diferente. Eu vou fazer meu Gabinete na Rua, indo todos os dias escutar você no seu bairro e construir junto as soluções. Vou fazer valer a participação como forma de governo, porque acredito que uma política feita desse jeito, sem portas fechadas, pode renovar a esperança de muita gente. Por isso, faço aqui um pedido a vocês: não desistam da mudança. Desistir dela é desistir do futuro, de deixar um legado da nossa geração para as que virão.
Nesta eleição, São Paulo tem um risco e uma oportunidade.
O risco é deixar um prefeito fraco e omisso levar nossa cidade ao caos. Quando o governo é fraco, os verdadeiros vilões tomam conta. Foi assim que o pior da nossa política se apoderou do orçamento de São Paulo, do nosso dinheiro, com esquemas que todos nós estamos vendo na imprensa. Foi assim que o crime organizado se infiltrou no transporte público e em cargos de alto escalão da Prefeitura. Já vimos esse filme em outras cidades do país. E não acaba bem.
Mas esse não é o único caminho. Nós podemos, com coragem e responsabilidade, afastar esse risco de São Paulo e aproveitar a oportunidade de termos o maior orçamento da nossa história para enfrentar as desigualdades que vêm de longe. Para olhar as grandes metrópoles do mundo e tirar as melhores soluções em inovação, eficiência e sustentabilidade. Para termos, pela primeira vez, uma política que entenda e apoie a periferia que quer empreender. Um governo que vai levar a escuta e a participação da sociedade ao limite.
Eu jamais desistirei desse caminho. Fomos tão atacados nesta eleição exatamente por manter a coerência e os princípios que nos trouxeram até aqui. E acredito que é possível ganhar essa eleição dialogando olho no olho com as pessoas. Defendendo que os sem-teto tenham casa, que os invisíveis tenham voz, que todos os trabalhadores tenham oportunidades. Que as periferias sejam tratadas com respeito e não com preconceito e violência. É isso que nos move. E peço a todos que se movem por esses mesmos valores que saiam às ruas para virar votos nessa reta final. A verdade pode, sim, vencer a mentira. A esperança pode, sim, vencer o medo.
Pensem e reflitam com suas famílias. A hora é agora. Por tudo isso, peço o seu voto no próximo domingo no 50!
Prepare o bolso! As carnes devem ficar mais caras no Brasil até o final do ano: a oferta de bovinos prontos para o abate está caindo, a demanda está alta e as exportações vem aumentando consideravelmente. A partir de agora, o consumidor brasileiro voltará a conviver com carnes caras, já que a tendência é subir mais em 2025.O preço da carne bovina aumentou após um longo período de estabilidade no país. No último mês, apenas o contrafilé subiu 3,79%, conforme o IPCA, que é o indicador oficial da inflação no Brasil. Em seguida aparecem a carne de porco, o patinho e a costela, também com altas de 3%. O filé mignon também está 2,47% mais caro e a alcatra, 3,02% mais cara. Já carnes que sempre foram ‘mais em conta’ como o músculo, acumulam alta de 1,5%.De acordo com o consultor da FGV Agro, Felipe Serigatti, a alta demanda por carne bovina no Brasil foi impulsionada pela melhoria no mercado de trabalho, com o baixo índice de desempregos e a valorização dos salários, o que leva o consumidor a investir na compra de mais carnes bovinas. Ao mesmo tempo, as exportações em setembro, ajudaram nessa alta, já que em setembro, elas atingiram um volume recorde, de 320 mil toneladas.Na semana passada, o preço do animal vivo subiu mais de 7% em São Paulo, que serve de referência para o mercado nacional. Em 2024, a elevação passa de 20%. Desde o início do mês, a alta na arroba foi de R$ 27. Na B3, o mercado futuro aponta cotações superiores a R$ 300 a arroba pelo menos até o mês de fevereiro.“O consumidor tem a opção de comprar outros tipos de carnes como as de aves, ovos e de suínos, mas certamente o brasileiro passará a conviver com preços mais altos para as carnes no Brasil”.
Dois dias depois de lançarem a pré-candidatura de Cristina Graeml à prefeitura de Curitiba, em 25 de janeiro deste ano, dirigentes estaduais do PMB foram flagrados com um carro roubado em uma fiscalização na BR-277 em Santa Terezinha do Itaipu, no Oeste do estado. Fabiano dos Santos, presidente estadual da legenda na época, foi preso em flagrante. Geonisio César Marinho, secretário-estadual do PMB no Paraná, e o filho de Santos também estavam no veículo, mas foram liberados.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na 11ª Central Regional de Flagrantes, o Mitsubishi modelo L200 Triton com placas de Criciúma (SC) foi abordado por um policial rodoviário federal às 20h50 do dia 27 de janeiro, no quilômetro 714 da BR-277. O condutor era Fabiano dos Santos.
Ao inspecionar o veículo, o policial teria constatado adulteração dos números do VIS (Vehicle Indicator Section) nos vidros e no chassi. A equipe da PRF descobriu que a placa original é de São Bernardo do Campo (SP) e que um boletim de ocorrência informando o furto foi registrado em 5 de outubro de 2022 em Joinville (SC). Fabiano dos Santos foi preso em flagrante com base nos artigos 311 (adulteração de sinais de veículo automotor) e 180 do Código Penal (receptação). O alvará de soltura foi expedido no dia seguinte, após o pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil.
Em seu depoimento, Santos disse que pagou R$ 46 mil em maio de 2023, após ver um anúncio no Facebook. Ele pagaria mais R$ 20 mil entre oito ou doze meses após a concretização do negócio. “Foi feito por WhatsApp e tenho toda a negociação. Essa pessoa foi até o meu escritório”, disse ele ao delegado Magno Roberto Miranda. Questionado sobre o valor da negociação, inferior ao da tabela FIPE (cerca de R$ 80 mil para o modelo na época), ele disse que o vendedor passava por dificuldades financeiras e que sua mulher estava grávida. Depois disso, eles teriam perdido o contato. “Eu não consegui falar mais com ele”.
O inquérito levantou os antecedentes do homem apontado como vendedor por Fabiano dos Santos. Ele tem 24 anos, mora em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, e foi condenado por receptação e adulteração de veículos em 2022. A reportagem não conseguiu contato com o delegado Magno Roberto Miranda, de Santa Terezinha de Itaipu, que conduz o inquérito contra dirigente do PMB.
O que diz Fabiano dos Santos
Fabiano dos Santos disse ao Plural que comprou o veículo de boa fé, em 2023, e que seguia para Foz do Iguaçu para o lançamento da candidatura a prefeito pelo PMB na cidade. “Nós fomos parados pela PRF, que procurava drogas e armas em uma operação. Vasculharam o carro inteiro e não acharam nada, mas constataram que havia uma adulteração no chassi. Como eu já tinha viajado várias vezes com esse carro, inclusive eu passo quase todo dia em frente a um posto da PRF e nunca tive problema, nem desconfiávamos. O carro foi parado e apreendido e eu tiver que ficar lá, fiquei uma noite lá”.
Santos passou os dados do vendedor para a Polícia Civil e disse desconfiar que foi vítima de um golpe. “Passei tudo com boa fé, com reconhecimento de firma, com tudo. É um golpe que está comum, porque os bandidos se especializam cada vez mais no que diz respeito a burlar algumas coisas”, afirmou.
“Foi feito um boletim de ocorrência, foi identificada a pessoa (o vendedor) com endereço e documentação. Tenho cópia de tudo, agora a polícia e o Judiciário têm que fazer a parte deles, ir em cima de quem de fato me vendeu, que não sei também se tem alguma participação no roubo desse veículo”.
Fabiano dos Santos, presidente do PMB no Paraná quando a candidatura de Cristina Graeml foi lançada
Lançamento da pré-candidatura
A pré-candidatura de Cristina Graeml foi oficializada no dia 25 de janeiro, dois dias antes da ocorrência no Oeste do estado, em uma reunião extraordinária da comissão executiva estadual do PMB. Em foto publicada no Instagram no dia seguinte, aparecem Eduardo Pedrozo (atualmente coordenador da campanha), Cristina Graeml, Fabiano dos Santos e Geonísio Marinho. Marinho foi diretor do Departamento de Serviços Especiais da prefeitura (Departamento Funerário) na gestão do ex-prefeito Cassio Taniguchi e concorreu ao governo do Paraná em 2014 e em 2018 pelo PRTB.
Publicação do PMB em 26 de janeiro: Eduardo Pedrozo (coordenador da campanha), Cristina, Fabiano dos Santos e Geonisio Marinho (Reprodução/Instagram) Intervenção e expulsão Santos e Marinho não estão na direção estadual do partido atualmente, pois o comando nacional do PMB interveio no diretório do Paraná depois que a candidatura de Graeml foi lançada, no dia 5 de agosto (apesar de seus nomes ainda aparecerem no site da legenda). Após a intervenção, o presidente municipal do PMB, Luiz Tadeu Seidel Bernardina, recorreu e obteve no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma liminar que garantiu a candidatura de Cristina. O mérito ainda não foi julgado pelo TSE.
Em nota, a presidente nacional do PMB, Suêd Haidar Nogueira, informou que Fabiano dos Santos foi expulso do partido no dia 24 de setembro. “O Sr. Fabiano não possui mais vínculo com o partido, não podendo se apresentar como presidente do PMB no Paraná ou como afiliado, sob pena de incorrer em falsidade ideológica”, diz a nota. Segundo a denúncia enviada à direção nacional, Santos teria publicado um vídeo em que acusava o partido de extorquir filiados para beneficiar a presidente.
Na prestação parcial de contas enviada pela candidatura de Cristina à Justiça Eleitoral, Fabiano dos Santos é qualificado como contabilista da campanha. Ele publica materiais da candidata em seus perfis nas redes sociais.
Perfil de Fabiano dos Santos no Instagram (Reprodução/Instagram) Direita raiz “Nosso grupo político no Paraná é de Direita”, define o PMB do Paraná em seu site, sugerindo diferenças com a direção nacional, que foi contrária à candidatura de Cristina Graeml. No Instagram, o partido diz que “não idolatra” o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que “está com ele” por não concordar com corrupção, legalização do aborto, regulação da mídia, legalização das drogas, “ideologia de gênero”, “doutrinação nas escolas” e comunismo. Até 2021, o diretório estadual do PMB publicava homenagens ao prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e ao adversário de Cristina no segundo turno, o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD).
A candidata à Prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml (PMB), foi entrevistada pela Rádio CBN na manhã desta segunda-feira (21). Ela falou sobre os problemas e propostas para a cidade, caso seja eleita no dia 27 de outubro. Entre os principais assuntos, Cristina falou sobre a questão dos moradores da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) que usam o sistema de saúde em Curitiba.
“Eu nunca disse que o SUS vai ser privatizado. O que eu falei é que eu vou buscar conversar com os prefeitos eleitos da região metropolitana para a gente ver uma compensação
afirmou a candidata.
Segundo Cristina, há muitas pessoas da região metropolitana que se deslocam para Curitiba pra usar os serviços públicos municipais daqui, porque nas suas cidades o atendimento é ruim.
“Ninguém vai negar atendimento, mas a conta tem que ir pro município aonde aquela pessoa vive e onde ela paga os impostos dela, porque é lá que entra o dinheiro pra saúde e ela tá usando a saúde pública daqui. Isso não é justo com o pagador de impostos curitibano”ressaltou Cristina.
Tarifa de ônibus
A candidata reafirmou que nunca propôs o aumento da tarifa de ônibus, mas admitiu que no seu plano de governo há um estudo sobre a cobrança da passagem por quilômetro rodado. E que busca soluções para reduzir a tarifa.
“Nós vamos estudar, entre outros assuntos, eventualmente cobrar por quilômetro rodado para reduzir a passagem de ônibus desses abusivos seis reais que o Curitibano paga hoje.”
Se hoje Cristina Graeml desfere críticas a Beto Richa, no mês de junho, ainda na pré-campanha eleitoral, a equipe da candidata do PMB procurou o ex-governador e propôs uma aliança com o PSDB. E mais, chegou a convidar Fernanda Richa, esposa de Beto, para ser vice de Cristina Graeml neste pleito.
Os contatos com Beto Richa foram feitos pelo Whatsapp por Eduardo Pedrozo, coordenador geral da campanha da jornalista, e por Fabiano dos Santos, que, até 10 de setembro deste ano, era o presidente estadual do PMB — politicando. O Blog Politicamente teve acesso ao diálogo.
“Boa tarde, Beto. Fabiano dos Santos aqui. Presidente estadual do PMB-35. Tem interesse em uma conversa por possível composição entre PMB e PSDB?”
“Boa tarde, Beto. Fabiano dos Santos aqui. Presidente estadual do PMB-35. Tem interesse em uma conversa por possível composição entre PMB e PSDB?”
“Boa noite, deputado. Tudo bem? Eduardo Pedrozo aqui. Trabalho com a Cristina Graeml. Poderíamos conversar pessoalmente?”
Beto Richa topou conversar com representantes de Cristina Graeml. Na época, o tucano era tido como possível candidato à prefeitura de Curitiba e, algumas pesquisas eleitorais, o colocavam como competitivo no pleito. E foi dentro deste cenário que o ex-governador aceitou o encontro, pensando que o PMB se alinharia aos planos do PSDB. A reunião se deu no dia 8 de julho, uma segunda-feira, às 11h, na sede do PSDB, na Rua Mauá, em Curitiba. Apenas Fabiano dos Santos compareceu.
Beto Richa foi surpreendido por Fabiano dos Santos ao convidar Fernanda Richa para ser a vice de Cristina Graeml. O ex-governador agradeceu, mas disse que a esposa não estaria disposta a disputar a eleição de 2024. E as conversas se encerraram.
Três meses depois, durante o debate da Ric Record, Cristina Graeml disparou: “O candidato [Eduardo] teve dentro do governo Beto Richa e não viu toda aquela corrupção. Beto Richa foi o padrinho inicial dele”.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Federal (PF) vão cumprir, nesta segunda-feira (21), quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão contra um grupo criminoso envolvido em um sequestro.
A investigação apura o crime de extorsão mediante sequestro ocorrido no dia 13 de setembro, no qual as vítimas foram violentamente agredidas pelos sequestradores.
grupo criminoso foi identificado após minuciosa investigação. No dia do crime, abordaram o carro da vítima simulando serem policiais, utilizando coletes e balaclavas, e estavam armados com fuzis e pistolasexplicou o delegado Thiago Teixeira, da Polícia Civil
A operação ocorre simultaneamente em Curitiba e nos municípios de São José dos Pinhais, Pinhais, Colombo e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A ação conta com o apoio aéreo de helicópteros e o uso de cães policiais da PCPR.
Os criminosos levaram a vítima para casa dela, onde atraíram um funcionário. Ambos foram mantidos reféns e agredidos enquanto os sequestradores buscavam dinheiro oculto na casa.