Israel declara Lula persona non grata após fala sobre holocausto

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presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) foi considerado persona non grata pelo governo de Israel, após a fala comparando aos ataques a Palestina ao Holocousto dos judeus . O anúncio foi feito pelo ministro das relações exteriores de Israel, Israel Kats, nesta segunda-feira (19), em um evnto no Museu do Holocausto, em Jerusalém.

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O anúncio foi feito na presença do embaixador do Brasil, Frederico Meyer. Israel Kats disse que a comparação de Lula é um “sério ataque antissemita” e que desrespeita a memória dos que morreram. “Não vamos perdoar e nem esquecer, em nome dos cidadãos de Israel, eu informei o presidente Lula que ele não é bem-vindo em Israel até que ele se desculpe”, disse.

P primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, já havia criticado as declarações de Lula. “Comparar Israel ao Holocausto nazista e Hitler é cruzar uma linha vermelha”, disse. Ele ainda afirmou que as “palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias”.

O que Lula disse sobre a Palestina e o Holocausto
A polêmica declaração de Lula ocorreu no domingo (18), quando o o presidente brasileiro criticou a operação israelense contra o Hamas, na Palestina. O governo israelense mantém uma ofensiva violenta desde os ataques do Hamas no dia 7 de outubro de 2023, quando membros do grupo mataram aleatoriamente israelenses, em um ataque terrorista.

A operação de Israel se mantém há mais de quatro meses e, dessa forma, matou mais de 20 mil palestinos. Na coletiva em Adis Abeba, na Eitópia, Lula fez um paralelo entre a morte de palestinos com o extermínio de judeus.

“O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula. Para ele, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, completou o presidente brasileiro.

O que foi o Holocausto de Judeus na Alemanha Nazista
O Holocausto foi um dos eventos mais sombrios e horríveis da história humana, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1941 e 1945, sob o regime do Partido Nazista liderado por Adolf Hitler na Alemanha. O termo “Holocausto” refere-se especificamente à tentativa sistemática dos nazistas de exterminar os judeus europeus. Além disso, essa atrocidade incluiu o genocídio de outras minorias étnicas, como ciganos, poloneses, russos e pessoas com deficiência física ou mental.

O regime nazista empregou uma série de métodos brutais para executar seu plano de genocídio em larga escala, entre eles, campos de concentração, campos de extermínio, trabalhos forçados, fuzilamentos em massa assim como câmaras de gás. Auschwitz, Treblinka e Dachau tornaram-se símbolos do horror do Holocausto, onde milhões de pessoas foram submetidas a condições desumanas, tortura e morte.

Durante o Holocausto, os nazistas mataram cerca de seis milhões de judeus, o que representava aproximadamente dois terços da população judaica da Europa na época. Assim como os judeus, os nazistas também assassinaram aproximadamente cinco milhões de outras vítimas, incluindo poloneses, russos, ciganos, homossexuais, comunistas e prisioneiros de guerra.

O Holocausto teve profundas ramificações políticas, sociais assim como culturais e que ecoam até os dias de hoje. O impacto duradouro inclui o surgimento do movimento sionista e a criação do Estado de Israel em 1948. Além disso, o Holocausto levou à criação das Nações Unidas e à promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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